sábado, 28 de novembro de 2009

Energia Psiquica - livro de C. G. Jung



A ENERGIA PSÍQUICA E SUAS METAMORFOSES
Nise da Silveira


 

       Este capítulo comenta o livro SÍMBOLOS DE TRANSFORMACÃO, publicado em 1912, com o título de TRANSFORMAÇÕES E SÍMBOLOS DA LIBIDO. Foi neste livro onde Jung apresentou, pela primeira vez, seu conceito de energia psíquica. Enquanto Freud atribui à libido significação exclusivamente sexual, Jung denomina libido à energia psíquica tomada num sentido amplo. Energia psíquica e libido são sinônimos. Libido é apetite, é instinto permanente de vida que se manifesta pela fome, sêde, sexualidade, agressividade, necessidades e interesses os mais diversos. Tudo isso está compreendido no conceito de libido. A idéia jungueana de libido aproxima-se bastante da concepção de vontade, segundo Schopenhauer. Entretanto Jung não chegou a essa formulação através dos caminhos da reflexão filosófica. Foi a ela conduzido pela observação empirica, no seu trabalho de médico psiquiatra. Será inevitável, portanto, que de novo penetremos no terreno da psiquiatria. Atento à conduta do doente, pergunta Jung: a perda do contato com a realidade, na esquizofrenia, resultaria da retração do interesse libidinal, na acepção de interesse erótico? Freud sustentava esta opinião. Jung não aceitou que o contato com a realidade fosse mantido unicamente através de "afluxos de libido" ou seja de interesse erótico. Verificava em seus doentes não só perda do interesse sexual mas de todos os interesses que ligam o homem ao mundo exterior. Para estar de acordo com Freud seria, portanto, necessário admitir que toda relação com o mundo era, na essência, uma relação erótica. Isto pareceu a Jung inflação excessiva do conceito de sexualidade. Sua posição, desde o inicio, foi esta. Já no prefácio do livro PSICOLOGIA DA DEMÊNCIA PRECOCE, havia escrito : "Fazer justiça a Freud não implica, como muitos temem, submissão incondicional a um dogma; pode-se muito bem manter um julgamento independente. Se eu, por exemplo, aceito os mecanismos complexos dos sonhos e da histeria, isso não significa que atribua ao trauma sexual infantil a importância exclusiva que Freud parece conceder-lhe. Ainda menos isso significa que eu coloque a sexualidade tão predominantemente no primeiro plano ou que lhe atribua a universalidade psicológica que Freud lhe atribui, dado o papel enorme que, decerto, a sexualidade desempenha na psique". Note-se que este prefácio está datado de julho de 1906.
       Daí se vê que entre Freud e Jung não existiram relações do tipo mestre-discípulo, segundo se repete tão freqüentemente. A verdade é que Jung nunca deu sua adesão total a Freud.
       Quando leu as primeiras obras de Freud, A HISTERIA E A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS, embora fosse ainda muito jovem, Jung apercebeu-se de que estava diante de descobertas importantíssimas. Ficou fascinado pelos dinamismos do inconsciente que se revelavam a seus olhos. E tanto na prática clínica quanto na experimentação psicológica comprovou a existência dos mecanismos descritos por Freud, mas desde logo suas interpretações nem sempre coincidiram exatamente com as interpretações do mestre de Viena. Apesar de divergências abertas ou latentes, os anos de colaboração estreita entre Freud e Jung (1907-1912) foram, sem dúvida, muito fecundos para a psicanálise. 0 desentendimento decisivo, porém, acabou surgindo. Foi provocado pelo conceito de libido, entendida como energia psíquica de uma maneira global, apresentado por Jung, em M ETAMORFOSES E SÍMBOLOS DA LIBIDO. Eis um livro extremamente denso, porém de leitura apaixonante. Seu tema é o comentário psicológico dos poemas e outros escritos de Miss Miller, um caso fronteiriço de esquizofrenia. Mas em torno deste núcleo, as idéias borbulham num verdadeiro festival de atividade criadora excedendo de longe o objetivo primeiro. As imagens poéticas de Miss Miller dão lugar a abundantes paralelos mitológicos e ao aprofundamento de suas significações, resultando daí uma tal profusão de dados que o leitor poderá talvez sentir-se como alguém perdido numa espessa floresta. Carregando tantas inovações, METAMORFOSES E SIMBOLOS DA LIBIDO provocou enorme celeuma e não poucos malentendidos. A fim de esclarecer e desenvolver seu conceito de libido, apresentado neste livro junto a várias outras idéias, Jung escreveu um trabalho à parte denominado SOBRE A ENERGIA PSÍQUICA.
       A energia psíquica (libido) "é a intensidade do processo psíquico, seu valor psicológico". Não se trata de valor em acepção moral, estética ou intelectual. Valor tem aqui o significado de intensidade, "que se manifesta por efeitos definidos ou rendimentos psíquicos". Energia psíquica é um conceito abstrato de relações de movimento, algo inapreensível, um X, comparável (mas não idêntica) à energia física.
       Jung construiu para a psicologia, uma interpretação nos moldes da teoria energética das ciências físicas. Fome, sexo, agressividade, seriam expressões múltiplas da energia psíquica, tal como calor, luz, eletricidade, são manifestações diferentes da energia física. "Do mesmo modo que não ocorreria ao físico moderno derivar todas as as forças, por exemplo, somente do calor, também o psicólogo deve preservar-se de englobar todos os instintos no conceito de sexualidade".
       Jung concebe o psiquismo (consciente a inconsciente) como um sistema energético relativamente fechado, possuidor de um potencial que permanece o mesmo em quantidade através de suas múltiplas manifestações, durante toda a vida de cada indivíduo. Isso vale dizer que, se a energia psíquica abandona um de seus investimentos virá reaparecer sob outra forma. No sistema psíquico a quantidade de energia é constante, varia apenas sua distribuição. "Nenhum valor psíquico pode desaparecer sem que seja substituído por outro". Se um grande interesse por este ou aquele objeto deixa de encontrar nele oportunidade para aplicar-se, a energia que alimentava o interesse tomará outros caminhos: surgirá talvez em manifestações somáticas (palpitações, distúrbios digestivos, erupções cutâneas, etc.), virá reativar conteúdos adormecidos no inconsciente, construirá enigmáticos sintomas neuróticos. Esses vários fenômenos serão a expressão de metamorfoses da mesma energia. Resumiremos, para exemplificar, um caso clínico simples, descrito por Jung em PROBLEMAS DA ALMA MODERNA. Trata-se de um oficial do exército suíço, com 27 anos, que sofre de violentas dores na região precordial e no calcanhar esquerdo. Nada foi encontrado, somaticamente, que justifique esses sintomas e o doente não relaciona seu aparecimento a qualquer ocorrência especial. Interrogado sobre seus sonhos, lembra-se de um sonho recente que o impressionou pela estranheza: "eu ia andando por um campo aberto quando de repente pisei numa serpente. A serpente mordeu-me no calcanhar e senti-me como se estivesse envenenado".
       Pouco antes de surgirem os sintomas, a namorada desse rapaz ficou noiva de outro. Ele reagiu tomando atitude de jactância. A moça era uma tola e ele arranjaria facilmente dez namoradas mais interessantes. Isso não tinha nenhuma importância. Entretanto, perdido o objeto exterior de investimento, reprimida, a libido vem reaparecer sob a forma de sintomas somáticos. Exprime-se através de dores na região cardíaca o que, aliás, não e nada de extraordinário, pois os poetas de todos os tempos já disseram que as penas de amor fazem doer o coração. No seu recuo, porém, a libido desceu ainda mais profundamente vindo dar vida à imagem pela qual vários mitos exprimiram certas experiências que o homem teve com a mulher através dos tempos: a mordedura da serpente. 0 jovem suíço encontrou-se com a serpente que Isis colocou no caminho do grande deus Ra, para morder-lhe o calcanhar; encontrou-se com a serpente bíblica, tão estreitamente associada a Eva; encontrou-se com o princípio sedutor da mulher no seu aspecto perigoso. A libido fez-se imagem simbólica.
       Todos os fenômenos psíquicos são de natureza energética. Os complexos são nós de energia. Veremos breve (capítulo 5) que os arquétipos são núcleos de energia em estado virtual e que os símbolos são máquinas transformadoras de energia.
       Jung vê a psique em incessante dinamismo. Correntes de energia cruzam-se continuadamente. Tensões diferentes, polos opostos, correntes em progressão e em regressão entretêm movimentos constantes.
       A progressão da libido resulta da necessidade vital de adaptação ao meio. Nos seus esforços para responder às exigências exteriores, a libido espraia-se sobre o mundo. Mas, quando as possibilidades de que dispõe o indivíduo (dentro de suas peculiaridades, dentro de seu tipo psicológico) não são capazes de corresponder a essas exigências ou os obstáculos que se levantam no seu caminho são demasiado fortes, a energia se detém. Acumula-se, fica estagnada e acaba recuando. A marcha retrógrada da libido terá por efeito a reativação de conteúdos do mundo interior. Serão reanimados materiais excluídos do consciente, inibidos no inconsciente, por serem perturbadores dos esforços de adaptação ao mundo exterior. ("A inibição é idêntica ao que Freud chama censura"). Deste modo adquirem elevação de potencial as pulsões sexuais infantis insatisfeitas, as tendências incompatíveis com a atitude moral consciente do indivíduo, com seus julgamentos racionais ou estéticos. Também, segundo frisa Jung, serão alimentados germens de novas possibilidades de vida que ainda não haviam ganho forças para emergir. Os conteúdos do inconsciente ativados pelo novo afluxo de libido aproximam-se do consciente. O égo poderá então confrontá-los. considerá-los atentamente. A regressão da libido torna-se, assim, uma fase útil no processo de desenvolvimento da personalidade. Desde que os conteúdos do inconsciente sejam confrontados e integrados, dissolvem-se estagnações, removem-se bloqueios e a libido volta a fluir na direção do exterior. Recomeça nova fase de progressão.
       Os conceitos de progressão e evolução, e de regressão e involução nem sempre se superpõem, "A vida psíquica do homem pode também progredir sem evoluir e retrogradar sem involuir. 0 fluxo contínuo de libido a derramar-se sobre o mundo não significa necessariamente desenvolvimento da personalidade, A regressão, do mesmo modo, não se traduz obrigatoriamente em involução, pois os conteúdos do mundo interior exigem afluxos de libido para diferenciarem-se. Somente quando ocorre persistência da regressão e fixação em formas anteriores de atividade da libido, poder-se-á falar de condição patológica.
       Numa visão de conjunto da energética psíquica, Jung postula a existência de dois pólos fundamentais que se defrontam. De uma parte estão as forças que alimentam o insaciável apetite dos instintos e, de outra parte, as forças que se opõem às primeiras, que restringem a impetuosidade instintiva. A inter-relação dessas forças antagonistas promove a auto regulação do. equilíbrio psíquico.
       0 combate entre esses dois opostos tem sido vivenciado pelo homem em todos tempos e comumente e designado pela oposição natureza-espírito. Espírito não é entendido aqui como algo transcendente. Para Jung, as forças que se opõem à instintividade são tão naturais quanto os próprios instintos e, tanto quanto estes, são poderosas. "Rigorosamente falando. o princípio espiritual não entra em colisão com o instinto, mas com a instintividade cega na qual se manifesta predominância injustificada da natureza instintiva em relação ao espiritual. 0 espiritual também se apresenta na vida psíquica como um instinto, mesmo como uma paixão ou, segundo disse Nietzche, "como um fogo devorador". Não se deriva de qualquer outro instinto, mas é um princípio sui generis, uma forma específica e necessária da força instintiva.
       Do jogo entre tensões opostas resulta a liberação de relativos excedentes de energia e o natural estabelecimento de declives por onde se: escoe esta energia livre. Com efeito, a história da humanidade demonstra que já o homem primitivo conseguia dispor de cotas de energia para aplicação utilitária no mundo exterior e para operações transformadoras internas, que se realizavam por intermédio da formação de símbolos religiosos de rituais e de atos mágicos. Não está todavia no poder do homem canalizar os excedentes energéticos para objetos escolhidos racionalmente. A libido mostra-se recalcitrante às ordens da vontade consciente. Os esforços mais obstinados não serão suficientes se não existir, na mesma direção, um declive natural favorável à canalização da energia. "A vida somente flui para diante ao longo de declive adequado".
       É através de transmutações da energia psíquica, da formação de símbolos novos sucedendo a símbolos caducos, esvaziados da energia que antes os animava, que se processa, na sua essência, o desenvolvimento da psique do homem.
       Posteriormente, no grande ensaio SOBRE A NATUREZA DA PSIQUE (1954), Jung irá apresentar outros desenvolvimentos relativos à energética psíquica, decorrentes da surpreendente descoberta de analogias entre fenômenos psíquicos e fenômenos pertencentes ao reino da física atômica moderna. 

Fonte:http://www.riototal.com.br/coojornal/guardiao-jung003.htm



Referências Bibliográficas
C. G. Jung - SYMBOLS OF TRANSFORMATION, collected works 5, Há traduções francesa e espanhola.
C. G. Jung - ON PSYCHIC ENERGY, em collected workS 8. Há também traduções francesa e espanhola.
C. G. Jung - ON THE NATURE OF PSYCHE, em collected works 8. Ensaio de leitura difícil. 







Inconsciente coletivo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Inconsciente Coletivo, segundo o conceito de psicologia analítica criado pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, é a camada mais profunda da psique humana. Ele é constituído pelos materiais que foram herdados da humanidade. É nele que residem os traços funcionais, tais como imagens virtuais, que seriam comuns a todos os seres humanos.

Carl Gustav Jung
Carl Gustav Jung
Jung em 1900
Nascimento
26 de julho de 1875
Kesswil, Suíça
Morte
6 de junho de 1961
Küsnacht, Suíça
Escola/tradição
Psicologia Analítica
Idéias notáveis
Inconsciente coletivo, individuação,arquétipos
Influências
Sigmund Freud

Índice

[esconder]

 [editar] Características

 

A existência do inconsciente coletivo não é derivada de experiências individuais, tal como o inconsciente pessoal, trabalhado por Freud, embora precise de experiências reais para poder se manifestar.
Tais traços funcionais do inconsciente coletivo foram chamados por Jung de arquétipos, que não seriam observáveis em si, mas apenas através das imagens que eles proporcionam.
O psicanalista Erich Fromm apresenta outra posição a respeito. É denominada de "inconsciente social", que seria a parte específica da experiência dos seres humanos que a sociedade repressiva não permite que chega à consciência dos mesmos. Já o sociólogo e filósofo Nildo Viana concebe o inconsciente coletivo como o conjunto das necessidades e potencialidades reprimidas de um conjunto de indivíduos, grupos, classes ou toda a sociedade.
O inconsciente coletivo se opõe ao inconsciente pessoal, o qual poderia se manifestar na produção de sonhos. Desta forma, enquanto alguns destes têm caráter pessoal e podem ser explicados pela própria experiência da pessoa, outros apresentam imagens impessoais e estranhas, que não se consegue associar a nada de que se tenha lembrança. Esses sonhos seriam então um produto do inconsciente coletivo, algo como um depósito de imagens e símbolos, que Jung denomina arquétipos. Seria deles também de onde se originariam os mitos.

[editar] Ver também

Acrescentando ao mesmo, a arquitetura é uma ciência interessante a por como exemplo. Um nobre arquiteto possui a possibilidade de moldar o (in)consciente de um indivíduo, com objetos, cores, formas (...), é uma "brincadeira" onde os resultados são interessantes.

[editar] Referências

  • MARTINS, Roberto de Andrade. Universo: teorias sobre sua origem e evolução. São Paulo : Moderna

  • ROCHA FILHO, J. B. Física e Psicologia, Porto Alegre: EdiPUCRS, 2007, 4a. ed.

[editar] Ligações externas

terça-feira, 17 de novembro de 2009

ESTRATEGIA PARA VENCER SEMPRE (SERÁ QUE É POSSIVEL?)



 Sobre a Obra:
Derrotados pelos japoneses em várias frentes do mercado, os executivos americanos procuraram onde os concorrentes buscavam sua estratégia. Descobriram gorin no sho, O livro dos cinco elementos. Um tratado de artes marciais escrito no século XVII por Miyamoto Musashi, o samurai invencível, GORIN NO SHO desenha os princípios do pensamento estratégico e sua aplicação em qualquer combate. Mais do que isso, porém, ele reflete o caminho do guerreiro na busca da sabedoria. Do domínio de sua arma (ou ofício) o homem chega ao domínio de si e, em conseqüência, à vitória nas mais diversas situações da vida. Um livro de cabeceira para quem ambiciona vencer. Não só nos negócios.

sábado, 14 de novembro de 2009

SOBRE O ATO MÉDICO!!!! QUE ABSURDO, AJUDE!!!




Prezados Psicólogos, estudantes, profissionais da saúde


Avisem seus colegas, alunos, amigos.

O texto do projeto, aprovado pela Câmara e que agora segue para votação no Senado, ainda mantém um vício de origem: fere os princípios do SUS, a autonomia das profissões e limita o exercício dos profissionais de saúde.

Queremos uma saúde multiprofissional e interdisciplinar, como garante a Constituição Federal para o SUS.

Veja aqui a mensagem que será enviada aos senadores, à presidência da República e ao ministério da Saúde:

Aos excelentíssimos senhores e senhoras,

Presidente da República

Senadores e Senadoras

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva colocou de maneira precisa sua preocupação com o PL do Ato Médico durante discurso proferido na IX Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, maior evento na área de saúde pública do País, realizado no início de novembro em Recife (PE). “Não existe nenhuma moeda no mundo com um único lado. Temos que construir os dois lados. Cada função tem sua importância. Estou me interessando por esse tema do Ato Médico. Não quero fazer injustiça, mas quero compreender o que está em jogo. Quando você vira presidente da Republica e tem que lidar com muitos lados, começa a perceber que é preciso tomar muito cuidado com transformar corporações em coisas muito poderosas”, disse o presidente, no contexto de discurso que defendeu de maneira profunda o Sistema Único de Saúde.

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) reafirma sua posição sobre o PL do Ato Médico (n°. 7703/06), questionando-o por manter, no texto aprovado pela Câmara dos Deputados em 21 de outubro, seu vício de origem, que é colocar em risco o cuidado integral à saúde preconizado pela Constituição Federal para o SUS, uma das grandes conquistas do povo brasileiro após a redemocratização do país.

A atenção à saúde deve continuar sendo realizada pelo conjunto de profissões da saúde, garantindo ao usuário do SUS a atenção multiprofissional e interdisciplinar e o direito a uma atenção à saúde que leve em conta as diversas determinantes dos processos de saúde e doença.

O Conselho Federal de Psicologia apóia a iniciativa de regulamentação profissional da medicina. Contudo, não se pode ferir a autonomia de outras profissões.

Em 2004, o CFP participou ativamente das mobilizações que reuniram 10 mil pessoas em manifestação realizada em Brasília, além de outros eventos em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Santos e outras cidades. Naquele momento, profissionais e estudantes de 13 categorias da área de saúde conseguiram explicar à população e ao poder legislativo os enormes prejuízos que o PL causaria à sociedade brasileira caso fosse aprovado.

Assim, neste momento em que o Projeto de Lei 7703/06, conhecido como PL do Ato Médico, retorna ao Senado Federal para que seja reavaliado pelos senhores após as alterações realizadas pela Câmara dos Deputados, nós psicólogos solicitamos que o Senado Federal e a Presidência da República empenhem-se em não perder de vista seu papel essencial na garantia das conquistas do SUS, dos direitos dos usuários do sistema de saúde à atenção integral e a garantia da autonomia de todas as profissões da área.

O PL do Ato Médico engessa o trabalho multiprofissional e interdisciplinar na saúde.

Quem sai ferido é o usuário.

Conselho Federal de Psicologia

Olha só eles querendo brincar de Deus!!!

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, o projeto de lei do Senado que define quais são as atividades privativas de médico e quais podem ser realizadas por outros profissionais da área de saúde. Conhecido como Ato Médico, o projeto volta ao Senado devido às alterações feitas na Câmara. A informação é da Agência Câmara.
Aprovado na forma do substitutivo da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, o projeto lista as atividades privativas do médico. Entre elas estão emissão de laudo de exames feitos por meio de endoscopia e de imagem (ecografia, por exemplo); prescrição de órteses e próteses oftalmológicas; e realização de perícia médica e exames médico-legais, exceto os exames laboratoriais de análises clínicas, toxicológicas, genéticas e de biologia molecular. O texto foi aprovado com as emendas da Comissão de Seguridade Social e Família.
Para o deputado Eleuses Paiva (DEM-SP), relator pela Comissão de Seguridade, a aprovação do projeto significa um momento histórico para a profissão. "Esse é um momento histórico porque estamos regulamentando uma das mais antigas profissões, cuja prática, no Brasil, está no nível das melhores medicinas internacionais", afirmou.
O substitutivo define como não privativos de médicos os diagnósticos realizados por outros profissionais, tais como os diagnósticos psicológico, nutricional, de avaliações comportamental e das capacidades mental, sensorial e psicomotora. Segundo o texto, todos os procedimentos definidos como privativos de médico não se aplicam ao exercício da odontologia, no âmbito de sua área de atuação.
Na opinião do deputado Lobbe Neto (PSDB-SP), relator do projeto pela Comissão de Educação e Cultura, o texto aprovado provoca uma tutela dos médicos sobre outras profissões da área de saúde.
Ele citou como exemplo o destaque rejeitado que pretendia retirar do texto a atividade de emissão de diagnósticos citopatológicos da lista das privativas de médico.
"Somos contrários ao corporativismo que pretende tutelar outros profissionais, como na área laboratorial. Queremos regulamentar a profissão de médico, mas não a tutela que proíbe a assinatura de laudos que somente esses outros profissionais de saúde têm competência para emitir", disse.
Atividades mais simples, normalmente feitas por outros profissionais ligados ao setor da saúde, são explicitamente citadas como não privativas de médico. Entre elas podem ser citadas aplicação de injeções subcutâneas, intramusculares ou intravenosas; coleta de material biológico para análise laboratorial; realização de exames citopatológicos (análise de amostras de células) e seus laudos; e realização de cateterismo sem cirurgias (no esôfago ou no nariz, por exemplo).
Também está excluído das ações privativas de médicos o atendimento à pessoa sob risco de morte iminente.
O projeto torna privativos de médicos outros trabalhos, como a direção e a chefia de serviços médicos; a perícia e a auditoria médicas e a coordenação e supervisão vinculadas, de forma imediata e direta, às atividades privativas da carreira. Está de fora da condição de privativa a direção administrativa de serviços de saúde.

Leia na integra: (LEI DO ATO MEDICO.DOC)

Publicações de alguem muito legal!!!

¿Nunca se pusieron a pensar que la palabra “moraleja” esta compuesta por las palabras “moral” y “aleja”?

Yo si, y ese era el motivo por el cual, de chica no entendía el significado de la palabra “moraleja”.

Y me explicaban: la moraleja es como una enseñanza. Te dice algo de lo que deberías hacer o decir. Algo que esta moralmente

bien. Viene de la palabra moral, de deber.

Y yo me preguntaba: ¿por que algo que te enseña lo que para la moral esta bien, en sus palabras dice lo contrario?

Y yo hoy me pregunto: ¿por que algo que enseña lo que para la moral esta bien, en sus palabras constitutivas dice lo contrario?

Fonte:

M.R.D.? (http://cuarto72.blogspot.com/)