sábado, 23 de abril de 2011

Filogenese e psicobiologia!

Mudanças filogenéticas

Palavras chave: Cognição, cultura, educação, Evolução, filogênese, história, mente humana, sociedade.

“A ênfase tem sido colocada no entendimento da estrutura atual da mente humana sem levar em conta sua evolução. Não é exagerado dizer que as teorias da estrutura cognitiva são edificadas principalmente sobre estudos da mente humana como manifestações da sociedade pós-industrial e educada, e sob estudos acerca da capacidade dos computadores”. (DONALD, 1999, p.14)

Seria interessante notar que Donald, faz na citação acima uma critica velada, porém contumaz, a tendência da psicologia de estruturar seus trabalhos, técnicas e instrumentos em um sistema de pesquisa que de um lado nega as forças e fraquezas filogenéticas, ao fazer avaliações de cunho cognitivo. Diga-se que quase todas as teorias cognitivistas que procuram avaliar o construto mente, o fazem de uma forma muito desvinculada do universo psicobiológico, ou seja, do extrato fundamental do qual provem o ente examinado, o biológico. Por outro lado se apóiam enormemente em amostras populacionais, pesquisas fundamentadas em categorização, qualificação, e quantificação, para no final emitirem uma resposta hipotética que tem como aval a estatística.

É bem verdade que os estudos no campo da psicologia do desenvolvimento humano avançaram sobre maneira, porém ainda são inciptas no que diz respeito ao fato dos psicólogos terem uma quase nula, ou nula, idéia de desenvolvimento fenotípico e as implicações disso, na interpretação de dados de origem biológica, comportamental ou cognitiva. Não nos interessa falar de personalidade, ou leitura da capacidade projetiva, pois isso instigaria comentários demasiadamente civilizados para serem científicos.

A capacidade de síntese por parte do psicólogo que interpreta dados de cunho sócio-cultural, deixa a desejar, ficando ainda mais prejudicada, quando nos remetemos ao fato de que os psicólogos em sua grande maioria, não se interessam pelo estudo da gênese da inteligência humana. Oras, se não se sabe de onde veio a inteligência, suas transformações, estádios, e hipóteses evolutivas, como podemos pensar em medi-la, ou mesmo, tentar entender a relações sociais ou culturais dessa inteligência. Nota-se assim que os construtos de avaliação psicológica são modulares, deixando de avaliar questões como a continuidade das forças evolutivas, que vêm sofrendo, no ser humano, na sociedade, ao longo de um período que extrapola a escala histórica comum, alterações gigantescas para serem subestimadas. As pressões seletivas não deixaram de existir no seio da sociedade dita civilizada, nós a vemos como uma força que se manifesta naturalmente ao nosso redor, durante os embates sociais e políticos, na marginalidade dos guetos da miséria humana, onde falta de um tudo. Não se pode escapar à economia contida na complexidade das sucessivas tentativas de adaptação ontológico-social, que se manifestam como impulsos de vida em nossa espécie.

No que tange aos esforços que se tem feito na área da psicologia da educação, notáveis pesquisas, como é o exemplo do construtivismo, que teve como mola mestra as idéias do biólogo Piaget, encontramos o eco de um pragmatismo que muito se faz necessário ao contexto da avaliação psicológica, os testes piagetianos demonstraram, que o conhecimento sobre a biologia do desenvolvimento é muito mais útil à psicologia, que em outras áreas onde se pode encontrar essa disciplina científica, sendo estudada com mais afinco e interesse.

As nosologias, de origem psiquiátrica e psicanalítica, utilizadas em grande medida no psicodiagnóstico, para alguns psicólogos, só estão sendo utilizadas, por falta de um sistema legitimamente criado pela própria psicologia para avaliar os quadros que se apresentam na clinica psicológica, por outros como meio de continuar a tradição que etiqueta os pacientes com o selo do CID ou do DSM, ou mesmo com análise do pai da psicanálise.

Ambas as tradições, psiquiatria e psicanálise, se firmaram desde o século XVIII, tendo sua base na biologia e nas ciências médicas, comprovando a necessidade dos psicólogos em serem mais pragmáticos na construção de teorias, que se pretende dedicar ao estudo e aplicação clínica.

As lutas travadas no terreno das ciências psi, contra os modelos hospitalocêntricos, biomédicos, enfim que pretendem negar o paralelismo psicofísico, ou se tornam demasiadamente metapsíquicas, ou exageradamente estatísticas, evidenciando a tendência modal de estudos sociais, ou a tendência a um saudosismo filosófico, negando a fenomenologia biológica.

Como se pode notar as falhas estão na base da estrutura da maior parte das psicologias que se sustentam sobre as pernas da filosofia, e da estatística, sem terem a profundidade suficiente para se alicerçarem sobre o tripé biológico-evolutivo ou psicobiológico, negligenciando nossa condição de seres biológicos. Como disse DONALD, somos uma [..] “sociedade pós-industrial e educada”, [...] em demasia, para nos dedicarmos ao estudo psicobiológico, preferindo debruçarmo-nos [...] “sob estudos acerca da capacidade dos computadores”, [...]como se fossemos máquinas que a natureza criou prontas, e com a memória suficientemente vazia para abrigar qualquer coisa que a alimente, sem a necessidade de questionar nossa própria história como seres vivos. Talvez o grande recalque da humanidade esteja em admitir que é humano, biológico e comparável a seus primos mamíferos.

DONALD, Merlin – Origens do Pensamento Moderno - Fundação Calouste Guilbenkian – Lisboa, Portugal, 1999.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

The Evolving Self: A Psychology for the Third Millennium



The Evolving Self: A Psychology for the Third Millennium
Harper Perennial | June 3, 1994 | 384 pages | English | ISBN: 0060921927 | File type: PDF | 1.6mb
In this wise, humane inquiry, Csikszentmihalyi ( Flow: The Psychology of Optimal Experience ) argues that genetically programmed behaviors that once helped humans adapt and multiply now threaten our survival. These traits include obsessions with food and sex, addiction to pleasure, excessive rationality and a tendency to focus on the negative. A University of Chicago psychology professor, the author also believes we must free our minds of cultural illusions such as ethnocentric superiority or identification with one's possessions. He urges readers to find ways to reduce the oppression, exploitation and inequality that are woven into the fabric of society. Further, he wants us to control the direction of human evolution by pursuing challenging activities that lead to greater complexity while opposting chaos and conformity. Each chapter concludes with self-help questions and mental exercises designed to help readers apply the insights of this literate manifesto to their daily lives.



Download link:

http://depositfiles.com/files/b31w950ft

http://www.megaupload.com/?d=SSLSQ6UC