Anarquismo (do
grego ἀν (ausência de) +
ἄρχειν (de governo) +
ισμός (do termo
-ιζειν), "sem
arcontes," "sem governantes") é uma filosofia política fundamentada em teorias e atitudes que apóiam a obsolescência de todas as formas de
governo e
coerção, uma vez que estas encontram-se fundamentalmente ancoradas em princípios e práticas
autoritárias. Apesar dos termos
anarquista e
anarquismo serem utilizados pejorativamente para designar libertários em diferentes contextos desde a antiguidade, o primeiro anarquista auto-declarado foi
Pierre-Joseph Proudhon em sua obra
O que é a propriedade? de
1840. Essencialmente formulado como filosofia política cujo princípio é a busca pela harmonia coletiva através da soberania pessoal, o anarquismo inspirou o surgimento de diversos modelos econômicos ao longo dos séculos XIX e XX. Nos séculos anteriores, como na atualidade, libertários foram ativos em um amplo espectro de movimentos de libertação. Envolveram-se no movimento pela
abolição da
escravidão e após esta ser alcançada seguiram atuando contra todas as formas de
exploração de humanos por humanos. Como antes militam em
movimentos sindicais pelos direitos dos
trabalhadores atuando também pela criação e defesa dos
direitos e liberdades civis. Se engajam na luta por espaço e autonomia das
minorias, sejam estas
raciais,
étnicas ou de
gênero. Se posicionam contra todas as formas de
racismo,
heterossexismo e
antiindigenismo. São igualmente ativos na
defesa do meio ambiente, na luta contra o
especismo em favor da
libertação animal. Atuam historicamente em favor da
libertação feminina se envolvendo também desde longa data em movimentos
antinacionalistas,
antimilitaristas e
anticlericais.
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