domingo, 15 de agosto de 2010

Mérito da psicologia - contraponto ao crer biomédico...?..




Prevenir as enfermidades, mediante mudanças na atitude, na dieta e na conduta não é o ponto mais importante na existência do indivíduo, é somente cuidar da saúde física. Talvez o mais importante disso seja, que ao fazer está tentativa, se fazemos de uma maneira interessada e voluntária, estamos promovendo uma mudança em nosso interior, o que fatalmente influenciará nossa saúde. Mas este campo do conhecimento já é conhecido antigo da psicossomática, e não é novidade.
O que talvez seja novo é, a observação de que o corpo humano, evolucionou durante milhões de anos, para manter uma inteligência de alto nível, ou possibilitar que essa inteligência se manifestasse através de um corpo apropriado. Isso não seria importante, a não ser por um detalhe, para fazer isso, para evoluir a tal ponto, se adaptando aos reveses do meio, e ao mesmo tempo em que superava os obstáculos naturais, este ser, pode aprender com isso e aperfeiçoar suas ferramentas internas, agregando conhecimento em todas as suas partes, agregando um repertório de conhecimento incalculável, nos levando a refletir sobre a suprema sabedoria do universo.
Nosso corpo é capaz de fabricar medicamentos assombrosos, tranqüilizantes, anestésicos, imunomoduladores, antipertensivos, e etc. São substâncias que o corpo pode sintetizar na dose e no momento adequado, para o órgão que necessite deles, sem efeitos colaterais, e o melhor, já vem todos no frasco (nosso corpo).
Tomando essa direção, é possivel compreender uma série de enfermidades, e também compreender muito sobre as respostas curativas, que se desencadeiam no corpo e na mente, não somente a fisiologia do fenômeno em si. Levando à seguinte questão: É possivel manter um estado de equilíbrio entre as forças deste sistema vivo, que podemos chamar "corpo-mente", durante um período considerável de tempo?
A resposta talvez venha da observação dos "marcadores biológicos, que mostram que o envelhecimento nos seres humanos está muito mais associado a um fenômeno psíquico, que propriamente físico, ou seja os animais e seres humanos envelhecem de maneira diferente, indicando não só um cronograma genético diferente, mas também pode-se observar diferenças significativas entre o envelhecimento dos indivíduos (humanos).
Assim o envelhecimento humano é variável, se acelera em condições de estresse, se torna lento quando há um namoro a vista, mas o mais importante é que nesse meio podemos encontrar fenômenos de cura, demonstrando que a "cura" é algo que está contido de certa maneira no ser humano, e que pode acontecer independentemente do que dizem os médicos, pois quando elas ocorrem, a grande maioria deles não sabe explica-la a contento.
"Trabalhar com a cura, é muito diferente de tratar a doença, tratar a doença, não pressupõe conhecer ou mesmo conseguir o fenômeno de cura."
A pressão arterial, a densidade óssea, a regulação da temperatura corporal, a porcentagem de gordura no corpo, a quantidade de colesterol, bom ou ruim, a capacidade de utilizar o oxigênio, a massa e o tônus muscular, o nível de hormônios sexuais no corpo humano, são todos biomarcadores que nos transferem a idéia de idade física de alguém, independentemente da questão cronológica. Mas será que é possivel modificar esses biomarcadores na direção oposta, ou seja, "rejuvenescer", restaurar o equilíbrio e a função perdida ou atrofiada? Creio que sim.
Ao medir biomarcadores de pessoas que passaram a vida em condições de estresse, vemos a clara distinção entre estes biomarcadores, e não estamos sequer esbarrando no assunto dos marcadores psíquicos, pois se o fizermos, podemos constatar processos degenerativos crônicos, como o Alzheimer, que deixa claro a influência da mente sobre o corpo.
Tudo isso deixa muito claro, que os problemas não estão somente no corpo físico, mas que em sua origem crônica, que é a mais difícil de ser tratada pelas técnicas médicos atuais, há uma porcentagem, para não dizer uma totalidade de causas centradas no campo psíquico. Indicando que o problema não está no corpo, e sim no - que passamos a chamar, por convenção de idéias - "corpo emocional".
Sim, corpo emocional, ou seja, o sistema encarregado de utilizar o repertório comportamental, ou mesmo , recursos de qualidade e quantidade de energias significativas para o indivíduo, na tentativa de manter o corpo físico, sendo chamado de corpo, pois exibe características análogas e observáveis às encontradas em outros corpos, no sentido de que é uma entidade mais ou menos autônoma, ao integrar um sistema maior, o sistema "mente-corpo". Mas talvez a característica mais fundamental do termo, e que o designaria melhor, o conceito de que é um corpo, seja ele de qualquer natureza, é de que é um sistema, algo unitário e age como um sistema, e por isso se pode constatar sua existência, como entidade, ou corpo, classificando-o assim , para efeito de entendimento.
Podemos concluir que, temos infinitas dimensões, e nessa multidimencionalidade em que nos manifestamos, a nossa consciência, troca de posição, revezando nas dimensões que observa, passando a experimentar as manifestações de uma natureza particular, ao entrar em contato com essa natureza, ou seja, experimenta, pensamento, pela mente, ou corpo mental, (entidade particular, ferramenta, ou como queira). Experimenta emoções pelo corpo emocional, e recebe estímulos físicos pelo corpo físico. Está claro para mim, que ao dividirmos dessa maneira o todo, o indivíduo podemos observar de forma isolada estes fenômenos, e até chegar à conclusão a que Freud chegou em 1800, falo da teoria da causalidade. Mas será que temos também uma dimensão causal. Creio que sim, ainda que não possamos entende-la como corpo, pois estaríamos remetendo a idéia de que o todo causal é um corpo, com características distintas de individuo para indivíduo. Assim acreditava Freud, por isso não aceitava a idéia de inconsciente coletivo, propósta por Jung. Ou mesmo desprezando fenômenos, como o da sincronicidade, que demonstra a existência de uma acausalidade, algo que foge ao universo das explicações de causalidade, dadas pela ciência. O mais correto talvez fosse observar que todos os outros sistemas, ou corpos, estão aninhados, na causalidade e também na acausalidade, simultaneamente, ou seja, no que a ciência quântica passou a chamar de "campo unificado da experiência (ou consciência)".

O Campo unificado é a tentativa de explicar nossa multidimensionalidade e a maneira como a nossa personalidade é constituída, extratificando-a para que possamos entende-la, e pressupõe que se estamos imersos no campo unificado, poderiamos, em tese, operar fenômenos nesse campo. Fenômenos como os explicados pelo Dr. Jung, como fenômenos do inconsciênte coletivo, ou até mesmo a cura, partindo de pressupostos psicosomáticos.