sábado, 9 de novembro de 2013

SOBRE A CONTAGEM DO TEMPO NO CÉREBRO HUMANO!

... Hoje resolvi escrever um texto relacionado à contagem de tempo no cérebro humano. Este texto nasceu da necessidade de alguns amigos em compreender como acontece essa coisa de o cérebro saber quando é hora de realizar tal tarefa. Na verdade não tenho a nenhuma intenção de comprovar minha teoria sobre o assunto, nem mesmo de embasar meu texto em algo previamente estudado, ou aceito, ou mesmo comprovado. De fato escrevo por crença em minha própria teoria e não por qualquer outro motivo.
Agora que expliquei o básico sobre o texto quero começar a falar de um tal de biorritmo, que é um fator muito importante para que nosso sistema nervoso central tenha uma idéia de que horas são, ... ou seja, o ritmo da vida é muito importante para todos os seres vivos que hábitam a crosta terrestre, pois eles necessitam desde a muitos milhões de anos de estimulos ambientais, como luz, calor, frio, vento e outros, para cumprirem suas funções vitais, de reprodução, movimento e crescimento, e etc... 
Sendo assim, desde os seres mais primitivos até os mais avançados biológicamente falando, o desenvolvimento está atrelado aos períodos, aos ritmos, às estações, ou às horas do dia, pois a vida segue esse fluxo desde sempre. Com isso o sistema nervoso dos animais das mais variadas espécies foi desenvolvendo ao longo dos períodos biológicos de evolução, caracteristicas que os tornassem sensiveis a tais modificações, por exemplo, sabe-se que os olhos humanos não tem somente a função de enxergar, pois como eles são sensiveis à luz, eles avisam o cérebro de que horas são de maneira aproximada. Tais fenomenos de fotosensibilidade acontecem também em plantas, que são sensiveis à luz e preferem reproduzir, ou mesmo se desenvolver em fotoperiodos onde haja mais luz e durante um periodo maior do dia, pois a oferta de energia é maior do que o consumo.
Com isso podemos deduzir de forma, mais ou menos exata, que o sistema nervoso humano responde a estímulos semelhantes ... ou seja, ele responde a demandas e ofertas de energia, mas não só a solar ou da luz, porém responde a muitas outras demandas e ofertas e demandas, entre as quais a foto-sensibilidade é apenas uma.

Outra coisa seria falar de como isso se dá no interior de nosso cérebro, porém não creio que exista um estudo que de conta de avalizar como o mecanismo de foto-sensibilidade funciona, pois creio que ele envolve vários sistemas do cérebro ao mesmo tempo ... desde o sistema límbico até áreas corticais, pois o cérebro do homem moderno aprendeu a conviver com várias formas de obtenção de luz e calor, e não está tão ligado aos estímulos particularmente diários e sazonais... 
Uma coisa semelhante acontece com galinhas poedeiras, elas são expostas à luz artificial durante um período maior do que a disponibilidade de luz solar, com isso elas respondem ao estimulo mais prolongado, comendo mais e produzindo mais ovos. Mas a questão é, durante quantas gerações elas deveriam ser expostas a estas condições pouco naturais até que se adaptassem completamente ao novo, de forma que seus cérebros criassem recursos para lidar com essa mudança? Na verdade eu não sei a resposta, só sei que provavelmente um ser humano não teria que enfrentar tal mecanismo adaptativo pois ele dispõe de ferramentas em áreas corticais que são capazes de lidar com esta e muitas outras mudanças ambientais pouco naturais. Quem já viajou de avião de um hemisfério ao outro do globo, já passou pelo fenômeno conhecido como JetLag, ou fadiga de viagem, que é uma descompensação do ritmo circadiano, que causa uma perda do referencial em relação ao fuso-horário local, atrasando ou adiantando o período de sono de forma assíncrona por mais de alguns dias.
De maneira geral pode-se perceber que o cérebro obedesce ao famoso ritmo-circádiano que designa um periodo de mais ou menos 24 horas em que se baseia o ciclo biológico de quase todos os seres vivos, sendo influenciados pela luz...

COLARES, K. 2013

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